A descoberta do Mercado Grisalho

Nesta semana, pude participar do 1º Fórum de Moradia para a Longevidade, que aconteceu no auditório do SECOVI com apoio do Estadão em São Paulo.

O fórum teve como objetivo discutir e apresentar as diversas formas de moradia na maturidade e pós-maturidade. Tivemos a presença de especialistas nacionais e internacionais, que se dedicam a pensar, planejar e construir habitações para esse público, compartilhando as soluções e discutindo alternativas para assegurar a qualidade de vida e bem-estar nessa fase da vida.

O público ultrapassou o esperado pela organização, reunindo no auditório do SECOVI entidades de classe, jornalistas, investidores institucionais e privados, construtores, incorporadores, empresários, arquitetos, urbanistas, gerontólogos e sociedade em geral.

O evento foi criado e organizado por Edgar Werblowsky antecipando as discussões que devem acontecer em agosto de 2018 na primeira feira do setor a Aging Free Fair, feira do envelhecimento saudável e da longevidade, também organizada por sua equipe. 

A arquiteta Laura Fitch, que mora em uma cohousing nos Estados Unidos contou sobre sua experiência como moradora neste tipo de habitação há quase 20 anos. A cohousing é uma forma de morar onde os espaços e recursos comuns são compartilhados, mas o principal objetivo é a vida em comunidade. O conceito surgiu da década de 60, na Dinamarca e hoje podemos encontrar modelos nos EUA e Europa em pleno funcionamento. 


O debate que seguiu sobre o “mercado grisalho nacional”, trouxe informações objetivas sobre o consumidor e nos faz concluir que estamos vivendo a “Revolução da Longevidade”.

A expectativa de vida cresce a cada ano e o número de idosos deve triplicar até 2050 aqui no nosso país. Hoje, nós já temos no Brasil ¼ da população, ou seja, 54 milhões de brasileiros com mais de 50 anos! E como mostram os estudos, este público está ávido por produtos e serviços que lhes traga conforto, bem estar e segurança. Os itens de tecnologia e inovação estão entre os desejos desse consumidor.

Se hoje já temos expectativa de vida de até 100 anos e, no Brasil, é considerado idoso aquele que tem mais de 60 anos, então, temos aí um hiato de 40 anos a nos dedicar.

Não é possível tratar estas 4 décadas da vida madura da mesma forma, é necessário segmentar em grupos e identificar as necessidades em cada fase da vida grisalha, já que as condições físicas e emocionais de alteram em períodos mais curtos.

Envelhecer com qualidade, buscando realizar objetivos e vivendo em comunidade, se vive muito mais!

O governo da Dinamarca, onde nasceu a iniciativa do cohousing, incentiva a vida em comunidade como uma política de saúde pública, pois os idosos que vivem nessas habitações tem um aumento de 8 anos em sua expectativa de vida em relação aos demais, vivendo com maior qualidade de vida, mais saúde e menos medicação, trazendo uma significativa economia aos cofres públicos.

Temos um mercado em plena expansão e muito trabalho e descobertas pela frente!

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